terça-feira, 10 de janeiro de 2012



Ah, me deixe aqui quietinho hoje, talvez minha voz não tenha força pra sair da boca afim de te questionar, implorar perdão e pedir esmolas, não por tristeza ou dor, mas simplesmente por falta de vontade.
Eu sei que a vida está me convidando lá fora, sei dos prazeres que estou deixando de sentir, mas hoje, excepcionalmente nesse momento, ficar em silêncio pode ser a melhor maneira de eu me reorganizar.
As dores do silêncio costumam passar mais rápido e eu nunca tive o costume de compartilhar sentimentos ruins.
Tenha certeza, a saudade e o amor insistem em não me abandonar, mas amanhã eu estarei um pouco mais leve, diminuirá a dor, o sofrimento, a esperança, as expecitivas que só saiam da minha cabeça, as noites mal dormidas, os arrependimentos e o meu coração cada dia mais terá um espaço maior pra ser preenchido. Confesso, não quero nada disso, mas certas coisas são inevitáveis, para o bem ou para o mal.
A idéia de ter que te deixar ir já me arrebenta só de pensar, e mesmo chorando dexarei o sorriso no meu rosto, pois tenho certeza de que você parte do meu peito para um lugar que, com certeza te aconchegará e te fará feliz.
Hoje, triste estou, caminhando vou, recolhendo o que restou, perguntando se um dia me amou, e tudo o que quero agora é tentar ser quem eu sou.
Acredito, que depois de esvaziar a alma das dores, o mesmo espaço servirá para enche-la com coisas benignas. Afinal, tudo é questão de ser seleto.

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