segunda-feira, 1 de julho de 2013

Estranho é isso...




... a madrugada acelerada a mil, no mesmo compasso do meu coração, que se acelerou instantaneamente apenas por ver aquele largo sorriso de fotografia, límpido, simples, suave, mas que sempre será irradiante aos meus olhos.
É tão engraçado, a forma como o mundo dá voltas, você faz e desfaz planos, gera e muda de ideia o tempo todo, eu juro que até tento definir um trajeto a seguir, mas no meio de todos eles a lua sempre aparece com sua face resplandecente me dizendo que o meu destino já está traçado. 
Por mais que eu me esconda, por mais que você se esconda, a gente de alguma forma acaba se procurando, naquela música, naquela foto, naquela noite inesquecível, naquele perfume. E aquele abraço insubstituível? E aquele lugarzinho do meu peito, que você sempre disse que seria só seu, você se lembra? Dos passeios, cinemas, sons, cores, risadas, piadas, medos inocentes, lugares secretos, receitas secretas, banhos de chuva... Não dá pra esquecer.
Eu poderia rodar o mundo todo, conhecer centenas, milhares de pessoas, mas mesmo que eu tente evitar, eu vejo os seus olhos no céu, aquele castanho que não se assemelha a nenhum outro. O meu coração poderia conhecer outras coisas, mas aquele último cadeado, aquele da entrega total, da euforia, que faz seu corpo todo se arrepiar, a pulsação aumentar, o mundo parar de girar, ou transformar um segundo em um século, esse último cadeado é só você quem tem a chave. Eu já quis por alguns instantes o meu coração de volta, já quis por uma fração de segundos ser dono do meu próprio destino. Quem disse que querer é poder?
O irrefutável poder do tempo, sempre mostra aquilo que realmente marca, aquilo que jamais se deve perder e aquilo que jamais se deve deixar de ser aprendido. Às vezes me pego sorrindo ironicamente da vida, me perguntando o motivo que me fez ter que aprender sozinho, o porquê de eu não ter tirado a venda dos olhos, de eu não ter parado apenas um segundo para R-E-S-P-I-R-A-R!
Mas olha que engraçado, conseguirmos ver um no outro o quanto as coisas mudaram e tudo o que aconteceu nesse espaço de tempo, mesmo que à distância, mesmo que os encontros acontecessem por acaso e por sinal ainda acontecem, os poucos momentos em que o universo  fazia estarmos no mesmo lugar e naqueles poucos segundos percebermos, que por mais que o medo gerasse uma reluta, um receio, um trauma, era totalmente perceptível pra quem quer que estivesse em volta, que os nossos olhos entravam em choque e nossos corações explodiam como fogos de virada de ano.
Não é cômico, perceber que a nossa boca consegue dizer  sempre o que quer da forma que quer, seja lá qual seja a expressão ou a veracidade do que se sente, mas os nossos olhos nunca conseguem enganar. Dizem que os olhos são as janelas da alma...
Eu não sei quando, não sei onde, não sei como, não sei nem como explicar, eu apenas sinto, que os nossos corações tem um laço, com um nó que não tem como ser desfeito. Aquela voz no fundo da alma toda vez que eu deito na cama, sussurrando que o momento é de paciência e reconquista, mesmo que o progresso seja milimétrico, ainda está em mim e sinto que sempre estará.
Se o momento é de medo, se as dúvidas estão pulsando incontrolavelmente em você, se o tiro talvez tenha que ser feito no escuro, não tente procurar respostas onde habita a negatividade.
Talvez, o que nós precisamos é apenas sentir o frio na barriga de novo, a mão transpirando, o disparar do coração. E se nós conseguirmos ainda, na troca de olhares nos descobrirmos um no outro, acredito que é uma prova mais do que concreta de que na verdade, não é preciso fugir.
Lembra, que o plano era ficarmos bem? E se a beneficência fosse termos um ao outro?
Enquanto houver luz, enquanto meu coração continuar batendo, enquanto o ar circular entre os meus pulmões, enquanto houver o brilho nos olhos, enquanto essa vontade imensa de te fazer feliz estiver em mim, viver ainda fará sentido.

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